domingo, 22 de março de 2009

Indiferença que mata.


É impressionante, neste triste episódio da epidemia de dengue que atinge a Bahia, a indiferença com que a população reage às dezenas de mortes causadas pela doença. A capa de A TARDE do último sábado, mostrando que a cada tres dias a dengue mata uma pessoa na Bahia, deveria provocar uma reflexão de cada um dos baianos, porque todos sabemos o que fazer para acabar com a infestação do mosquito Aedes Aegypti e, por consequência, com a doença.
Os cuidados necessários estão em todos os folhetos distribuídos pelas autoridades da área de saúde, mas é comum ver flagrantes de famílias que continuam deixando acumular água em vasilhames e permitindo, assim, a proliferação do mosquito, como se o problema não as afetasse.
É verdade que as autoridades fizeram a sua parte quando não levaram em conta os vários alertas feitos em 2008 sobre a iminência de um surto de dengue. É verdade que o ministro da Saúde só se lembrou de fazer o seu alerta em outubro, quando diversas reportagens com especialistas já antecipavam o problema desde o meio do ano. É também evrdade que a dengue é uma doença que se combate com prevenção, não com cuidados médicos, os quais podem salvar vidas mas não impedem o alastramento do problema.
Porém, agora que o problema já está instalado, é preciso que a população incorpore o espírito de urgência que a situação requer. Este cuidado com o bem comum é uma das maiores manifestações de cidadania que podem existir. E o pior que pode acontecer, depois do descaso inicial, é a indiferença agora.

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